sábado, 19 de novembro de 2011

você sabe tudo e o que você faz? nada.

a situação está crítica.
assim, bem crítica mesmo.
crítica acima do nível considerado crítico.

eu sou Ph.D em dieta. li, reli, li de novo um milhão de coisas a respeito. devorei os livros sobre o assunto que meu irmão estudou na faculdade (formado em Ed. Física), eu vivo na era da informação. fui criada a base de Globo Repórter Saúde. eu tenho internet fácil há tempos e tem o Google. e tem meu corpo também e se eu me predispusesse a ouvi-lo atentamente e com respeito saberia o que o faz trabalhar melhor; na verdade eu sei, mas eu gosto mesmo é de comer. sou viciada em comida, essa que é a verdade.
eu uso a comida como muleta emocional, ela é meu prêmio no fracasso e na vitória. eu me divirto comendo, eu sofro comendo. virou uma relação patológica mesmo. e, ultimamente, tem me feito sofrer e muito.

eu já tentei várias dietas, mas como toda boa compulsiva, eu me boicoto e sempre digo que será a última vez. toda vez é a última e são várias vezes e depois mais várias e mais e mais e mais e eu nunca me satisfaço. mesmo sabendo o quanto me faz mal, se isso não é comportamento de viciado, senhoras e senhores, o que seria?

então, num belo dia, depois de mais uma madrugada chorando, resolvi aceitar meus limites e cortar aquilo que me faz mais mal atualmente que é o excesso estratosférico de peso; sempre fui gordinha, mas eu conseguia manejar o excedente de maneira a ainda me sentir confortável dentro de mim; isso já não acontece mais.

meus exames retornaram ótimos em relação ao colesterol, glicemia, triglicérides. níveis excelentes para quem pesa o que estou pesando, mas deu alteração em um item, que sugere um processo inflamatório. o médico aposta no fígado ou no coração e me recomendou perder peso, porque de modo geral, minha saúde melhorará.

o que estou fazendo agora?

tenho tara por carboidratos: massas e doces são meus eleitos. batata é a rainha suprema do meu cardápio. cortei-os fora. é restritivo? sim. é maluco ficar sem comê-los? com certeza. mas eu me sinto melhor. mais empolgada, com mais energia e nem tão depressiva. 

estou adicionando açafrão nas comidas que faço, pois ele é benéfico ao fígado e ajuda a reduzir a gordura visceral. comendo verduras e legumes e tomando água como se não houvesse amanhã.

tem funcionado.

e todo dia, eu acordo pensando que é o primeiro dia. estou sempre no primeiro dia de me sentir confortável na minha pele.

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